A Polícia Federal (PF) solicitou à Interpol a inclusão do nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, que serve como alerta internacional para localização e prisão de pessoas procuradas pela Justiça.
O pedido foi feito após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar a prisão preventiva da parlamentar, que deixou o Brasil mesmo com uma condenação criminal vigente.
Leia também: Eleições 2026: 66% dos brasileiros são contra a candidatura de Lula, diz Genial/Quaest
Zambelli foi sentenciada em maio pela Primeira Turma do STF a 10 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Ela foi condenada por participação na inserção fraudulenta de um mandado falso de prisão contra Moraes nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, com auxílio do hacker Walter Delgatti, condenado a 8 anos e 3 meses no mesmo processo.
O pedido da PF foi encaminhado na última quarta-feira (4) à sede da Interpol em Lyon, na França. A decisão também determinou o bloqueio dos aportes, contas bancárias e redes sociais da deputada.
A inclusão na lista, no entanto, a por uma análise criteriosa da secretaria-geral da Interpol, que avalia, entre outros pontos, se há indícios de perseguição política, racial ou religiosa. A cidadania italiana da deputada não interfere nesse processo, mas, mesmo com a difusão vermelha, a extradição depende de acordos bilaterais e da legislação do país onde ela for localizada.
Atualmente, a Interpol é chefiada pelo brasileiro Valdecy Urquiza, delegado da própria PF e o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar o cargo em mais de um século de existência da organização.
Em nota, Zambelli classificou a decisão como “ilegal, inconstitucional e autoritária” e afirmou que a prisão não poderia ser decretada de forma monocrática.
REDES SOCIAIS 213w24