Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão do ex-ministro da Defesa, o general Walter Souza Braga Netto, nessa quinta-feira (22).
Ele negou o pedido feito pela defesa e seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Preso desde 14 de dezembro de 2024, Netto é investigado por atrapalhar as apurações sobre a tentativa de golpe de Estado promovida em busca de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. No fim de março deste ano, a Primeira Turma do STF o tornou réu, assim como mais sete investigados no caso, incluindo o ex-presidente.
De acordo com as investigações, o general é acusado de integrar o núcleo central da trama, que teria atuado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
Na decisão, Moraes afirma que os elementos que justificaram a prisão permanecem, assim como o risco dele atrapalhar as investigações. Para isso, cita o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica Brigadeiro Baptista Junior. Ele declarou que Braga Netto foi "responsável por orientar militares golpistas a pressionar a testemunha e a sua família", já que foi contrário ao plano.
Segundo ele, os ataques se mantêm. Com isso, Moraes ressalta que o ex-comandante "encerrou suas contas em redes sociais, considerando a intensa pressão exercida pelos militares golpistas, orientados por Walter Souza Braga Netto".
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