O professor, gramático e filólogo Evanildo Cavalcante Bechara morreu nessa quinta-feira (22), aos 97 anos, no Rio de Janeiro.
Ocupante da cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde maio de 2001, se encontrava internado no Hospital Placi, em Botafogo, quando faleceu. De acordo com a ABL, ele sofreu falência múltipla dos órgãos.
Nascido em 1928 no Recife, tornou-se uma referência no campo da linguística e da gramática do português. Bechara mudou-se ainda jovem para o Rio, onde deu início a trajetória na área.
Ele construiu uma carreira acadêmica sólida em instituições como Uerj, UFF e PUC-RJ, além de atuar como professor visitante em universidades na Alemanha e Portugal.
Ao longo dos anos, publicou obras fundamentais para o estudo da língua portuguesa, entre elas a "Moderna Gramática Portuguesa", amplamente adotada no meio educacional. Além disso, orientou gerações de mestres e doutores, e participou ativamente de bancas, conselhos e revistas científicas.
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Ocupou cargos de destaque na istração acadêmica e em órgãos educacionais, como o Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Foi membro de diversas instituições nacionais e internacionais, como a Academia Brasileira de Filologia, a Société de Linguistique Romane e o PEN Club do Brasil.
Na Academia Brasileira de Letras, assumiu a cadeira que foi de Afrânio Coutinho e contribuiu para o fortalecimento dos estudos linguísticos, atuando também como diretor tesoureiro e secretário-geral.
Bechara recebeu homenagens por sua contribuição à educação e à cultura, como o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, diversas medalhas e obras comemorativas, como “Entrelaços entre textos” e “80 anos Homenagem: Evanildo Bechara”.
Foi ainda eleito uma das 10 personalidades educacionais do Brasil nos anos de 2004 e 2005. O velório acontece nesta sexta-feira (23), na ABL, em horário ainda a ser definido.
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