Em Paris para uma visita de Estado de seis dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (5) que assumirá a presidência rotativa do Mercosul.
A permanência no cargo dura seis meses, no entanto, o político diz que só o deixará quando fechar um acordo do bloco com a União Europeia (UE).
De acordo com o petista, o pacto “é a melhor resposta que as regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e protecionismo tarifário”.
O presidente da França, no entanto, discorda. Emmanuel Macron defende que o texto “precisa ser aprimorado” e que os agricultores ses “devem ser protegidos”: “Queremos mais comércio, mas devemos respeitar nossos agricultores e respeitar a coerência das nossas ambições, se não de nada vale a Europa defender o clima”.
O acordo histórico de livre comércio entre Mercosul e UE foi anunciado no início de dezembro do ano ado, após 25 anos de negociações, mas, países europeus se mostram contrários e afirmam que ajustes são necessários.
Ainda em 2024, o gabinete do francês classificou a medida como “inaceitável”, ressaltando que não poderia aceitá-la nas atuais condições. A explicação, em parte, é de que importações agrícolas mais baratas poderiam prejudicar o setor agrícola interno.
Durante o encontro desta quinta (5), Lula pediu que Macron "abra o coração" para que o acerto entre os blocos de países seja sacramentado, defendendo que “não está difícil” chegar a um consenso.
"É importante que os agricultores ses saibam que, possivelmente, a nossa agricultura seja complementar", destaca o brasileiro ao defender que conversas e negociações sejam promovidas.
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