O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira (04) que não acredita que os líderes ucranianos queiram a paz, após acusá-los de ordenar um ataque mortal contra pontes nas regiões de Bryansk e Kursk no final de semana.
Investigadores russos acusam a Ucrânia de atacar e explodir uma ponte rodoviária sobre uma linha ferroviária na região de Bryansk, no oeste da Rússia, na noite de sábado (31), matando sete pessoas e ferindo outras 115 — apenas um dia antes das negociações de cessar-fogo na Turquia.
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Durante evento da alta cúpula russa, o presidente afirmou que os ataques foram direcionados à população civil, com o objetivo de sabotar as negociações diretas visando um possível acordo de paz para encerrar a guerra, segundo informações do g1.
Putin ainda mencionou outras duas investidas realizadas pelas forças ucranianas, entre elas um ataque aéreo surpresa com drones contra aviões de guerra, no domingo (1°), e a explosão de parte da ponte da Crimeia, na terça-feira (03).
Além disso, classificou a liderança de Kiev como uma “organização terrorista”, apoiada por potências que estariam se tornando “cúmplices do terrorismo”, de acordo com a agência de notícias Reuters.
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“Eles [os ucranianos] estão pedindo uma reunião de cúpula [de líderes]. Mas como tais reuniões podem ser realizadas nessas condições? O que há para discutir? Como podemos negociar com aqueles que dependem do terror?”, questionou Putin.
A Ucrânia não comentou os ataques à ponte. O governo nega ter civis como alvos — assim como a Rússia —, embora diversos cidadãos tenham sido mortos por ambos os lados. Kiev também acusou Moscou de não desejar seriamente a paz, citando como evidência a resistência russa a um cessar-fogo imediato.
O chefe da delegação russa nas negociações diretas, Vladimir Medinsky, afirmou que a Ucrânia busca um cessar-fogo incondicional de 30 a 60 dias no conflito, e que Zelensky teria recusado uma trégua parcial de dois a três dias na linha de frente.
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