Rússia e Ucrânia se reuniram novamente nesta segunda-feira (2), em Istambul, na Turquia, para uma segunda rodada de negociações diretas visando um possível acordo de paz para encerrar a guerra que começou em fevereiro de 2022.
Apesar da expectativa de avanços, o encontro terminou sem grandes resultados, em meio à intensificação dos ataques militares de ambos os lados.
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As conversas ocorreram no Palácio Ciragan, às margens do Bósforo, e duraram pouco mais de uma hora. Segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o único consenso até o momento é uma nova troca de prisioneiros, assim como ocorreu na primeira rodada, em maio. Além disso, a delegação ucraniana entregou à Rússia uma lista com nomes de crianças deportadas, exigindo a repatriação.
O clima era de tensão após os maiores ataques aéreos desde o início da guerra. No domingo (1º), a Ucrânia realizou uma ofensiva inédita, destruindo ao menos 40 aviões russos em cinco bases militares espalhadas pelo território russo, incluindo regiões distantes da fronteira, como a Sibéria. A operação usou drones camuflados em caminhões infiltrados na Rússia, segundo o serviço secreto ucraniano.
Em resposta, Moscou lançou seu maior bombardeio com drones desde o início do conflito, com 472 projéteis disparados contra cidades ucranianas. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ainda ter abatido 162 drones, a maioria nas regiões de Kursk e Belgorodo, próximas à fronteira, além de quatro mísseis balísticos.
Apesar das tentativas de avançar nas negociações, as posições seguem distantes. Kiev insiste em um cessar-fogo imediato, na devolução de prisioneiros e das crianças levadas ao território russo, além de garantias de segurança, como proteção da Otan e eventual presença de tropas ocidentais, demandas que Moscou rejeita.
O Kremlin chegou a anunciar que levaria um "memorando" com suas exigências, mas se recusou a compartilhá-lo previamente, como havia sido combinado na rodada anterior, gerando desconforto na delegação ucraniana. Ainda assim, as discussões incluíram a possibilidade de um encontro direto entre Zelensky e Vladimir Putin, proposta que o governo russo tem rejeitado de forma recorrente.
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