Uma pesquisa sobre o abastecimento de vacinas nos municípios brasileiros, divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) na segunda-feira (2), revela que um em cada três municípios (33,7%) enfrenta problemas de desabastecimento de imunizantes.
O relatório, produzido durante os meses de abril e maio de 2025, ouviu cerca de 1.490 gestores. Os dados apontam para um cenário bastante preocupante, que evidencia a distribuição irregular de doses e gera sérios desafios para a gestão local.
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Em comparação com a primeira edição da pesquisa – realizada em setembro de 2024 –, o percentual de municípios afetados pelo desabastecimento de vacinas caiu de 70,3% para 33,7% entre os respondentes.
Contudo, de um total de 750 municípios que participaram das três edições da pesquisa, 249 registraram uma piora no cenário — um em cada quatro.
“Apesar de ser positiva a diminuição no número de municípios que relatam a falta de vacinas, ainda é um cenário preocupante, porque estamos falando de imunizantes que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, como é o caso da varicela”, destaca Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
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Embora os dados apontem para uma redução nos casos de desabastecimento, alguns desses imunizantes seguem sendo desfalques recorrentes devido à distribuição insuficiente pelo Ministério da Saúde. Entre eles estão:
- A vacina contra a varicela (catapora), que lidera a lista e continua sendo a mais ausente (em 32% das localidades);
- A Tetraviral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (16%);
- A vacina contra a Covid-19 para adultos (9%);
- A vacina contra a Covid-19 para crianças (8%);
- A vacina contra a dengue (8%).
A continuidade da escassez de imunizantes compromete diretamente a cobertura vacinal da população, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
O levantamento completo pode ser consultado no site da CNM.
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