A produção industrial brasileira avançou 0,1% em abril, na comparação com março, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do quarto mês consecutivo de crescimento, o resultado ficou abaixo das projeções do mercado, que estimavam alta de 0,5%, de acordo com levantamento do Valor Data, e de 0,3%, segundo pesquisa da Reuters.
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Na comparação anual, a indústria registrou queda de 0,3% frente a abril de 2024, interrompendo uma sequência de 10 meses seguidos de alta. Segundo o instituto, o desempenho foi afetado por um efeito calendário, abril teve dois dias úteis a menos, e pela base de comparação elevada.
Com o resultado, o setor acumula crescimento de 1,4% no ano e de 2,4% nos últimos 12 meses. No entanto, a indústria brasileira ainda opera 14,3% abaixo do nível recorde registrado em maio de 2011.
Na análise das categorias econômicas, três dos quatro grandes grupos tiveram desempenho positivo em abril: bens de capital (1,4%), bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,4%). Já bens de consumo semi e não duráveis recuaram 1,9%.
Entre os 25 ramos industriais pesquisados, 13 tiveram alta na produção. As principais contribuições positivas vieram das indústrias extrativas (1,0%), que acumulam crescimento de 7,5% em três meses consecutivos, e do setor de bebidas (3,6%), que voltou a crescer após quedas anteriores. Também se destacaram os segmentos de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de impressão e reprodução de gravações, que avançou expressivos 11%.
Por outro lado, 11 atividades registraram retração no mês. Os principais destaques negativos foram coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%), além de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que despencaram 8,5%. Também pesaram os recuos nos setores de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), móveis (-3,7%), produtos diversos (-3,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%).
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