Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, vetou integralmente o projeto de lei que criava o “Dia da Cegonha Reborn", uma homenagem às artesãs que produzem bonecas extremamente realistas conhecidas como bebês reborn.

A data escolhida seria o dia 4 de setembro.

“Com todo respeito aos interessados, mas não dá”, escreve o político nas redes sociais, ao publicar a imagem do documento com sua que oficializa a decisão.

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A proposta, aprovada pela Câmara Municipal no início de maio, era de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB). Na justificativa, ele afirmava que o nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e que não seria diferente para as chamadas “mamães reborn”. As artesãs responsáveis pela criação dos bonecos são conhecidas como “cegonhas”.

O parlamentar defendia que os reborn são utilizados não apenas como brinquedos ou itens de coleção, mas também em processos terapêuticos, especialmente no apoio psicológico de mulheres em situações de luto ou depressão. “Nos casos de falecimento de um filho recém-nascido, o bebê reborn é utilizado por um curto período, sempre sob orientação profissional, auxiliando no processo de recomposição da mãe ou do pai enlutado”, explica.

O projeto também destacava que os reborn se tornaram uma febre mundial, com relatos de pessoas que criam vínculos afetivos intensos com esses bonecos. Nas redes sociais, vídeos de mulheres trocando roupas, alimentando e até eando com os bonecos viralizam com frequência.

A repercussão do universo reborn também chegou ao Congresso Nacional. A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) apresentou um projeto que estabelece diretrizes para o acolhimento psicossocial, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de pessoas que desenvolvem vínculos afetivos intensos com objetos de representação humana.

Apesar das justificativas, Eduardo Paes optou por barrar a proposta, que não fará parte do calendário oficial da cidade.

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