Grade de Programação 1tz39

Essa semana o Estação Livre fala sobre o Afroturismo. Vamos conversar sobre esse segmento que apresenta experiências turísticas afro centradas, que valorizam a história e a cultura preta no Brasil e no mundo. O Afroturismo vem crescendo no mundo no mundo todo e está sendo apontado como uma das grandes tendências do turismo, principalmente pelas experiências imersivas que ele propicia. Vamos também discutir como é ser um viajante negro num mundo que nem sempre está preparado para receber essa diversidade de turistas. Convidados: Guilherme Soares Dias (empresário e jornalista criador do Guia Negro) e Denise dos Santos Rodrigues (turismóloga e doutoranda em Sociologia) Guilherme Soares Dias https://guianegro.com.br/equipe/guilherme-dias/ Denise dos Santos Rodrigues https://www5.each.usp.br/noticias/memoria-negra-do-centro-de-sp-e-pouco-visivel-nos-circuitos-oficiais-de-turismo/ Reportagens: • VT Salvador Com 80 por cento de sua população autodeclarada negra, a cidade de Salvador recebeu um aporte de 15 milhões de reais para investimento no afroturismo. Parte disso será aplicado em infraestrutura, mas o plano ainda prevê a valorização de atividades gastronômicas, religiosas e culturais relacionadas à cultura afrobrasileira. A capital baiana está sendo considerada o grande destino turístico e de investimento estrangeiro nos próximos anos. • VT Excursão Religiosa O Brasil possui uma imensa diversidade religiosa e isso se reflete também no turismo, com santuários e templos espalhados de norte a sul do país. Nós acompanhamos uma caravana com destino ao Santuário da Mãe Peregrina, em Atibaia, interior de São Paulo. Pessoas diferentes viajando pelo mesmo objetivo: celebrar a fé. • VT Brafrika O racismo estrutural brasileiro afeta também o turismo e as agências de viagem normalmente desprezam cidades africanas ou mesmo roteiros no Brasil que destaquem as marcas da negritude na formação do nosso país. A agência Brafrika Viagens, em atuação desde 2019, percebeu a lacuna e atua com foco no afroturismo. • VT Rota Piracicaba Com quase meio milhão de habitantes, Piracicaba tem um único monumento dedicado a uma personalidade negra: o busto do médico André Ferreira dos Santos, conhecido como Doutor Preto.... O projeto Rotas Afro promove um circuito pela cidade do interior paulista para lançar luz à memória preta na região. • VT Ruas Pretas O Guia Negro mapeou as ruas mais pretas e lindas do país... E o Estação Livre mostra um roteiro que a por São Luís do Maranhão, São Paulo e Porto Alegre em vias que são marcadas pela presença negra. • VT Guia de Turismo em Manaus Uma das tendências do turismo pós pandemia é a busca pela sustentabilidade, preservação da natureza e conexão com a terra. Isso tem impulsionado o interesse de mais visitantes nas regiões amazônicas. Nós fomos conhecer o trabalho de um guia de turismo que faz a rota em Presidente Figueiredo, região metropolitana de Manaus, no Amazonas. • VT Kombihome Se a pandemia acabou com a possibilidade de viagens para alguns, para outros foi a oportunidade ideal. O casal Kilder e Isabel resolveu colocar o pé na estrada, ou melhor colocar a casa na estrada. Eles saíram de Betim, em Minas Gerais, em viagem pelo Brasil a bordo de uma kombi, que é ao mesmo tempo casa, escritório e transporte. • Povo Fala Fomos às ruas saber para onde as pessoas tem viajado e se elas conseguem guardar dinheiro para o turismo.

Os veteranos da música Rafael Altério e Ivan Lins contam histórias de amizade, explicam mais sobre sua música caipira tradicional e emocionam com suas interpretações.

Em conversa com Carlos Gayotto no estúdio Da Pá Virada, Marina Lima fala sobre início da carreira, amizades no mundo da música e sobre as suas maravilhosas canções.

No programa de hoje Tuti e Felipe assistem a uma apresentação da Companhia de Ballet Paraisópolis que acontece no auditório do Ibirapuera. Lá, o grupo formado por jovens moradores dessa comunidade exibem toda a sua aprendizagem no campo da dança em um espetáculo de muita sensibilidade e aberto a todo o público. Na segunda parte do programa, Territórios Culturais apresenta dois importantes coletivos de São Paulo: O Samba do Congo, na região da Brasilândia e o Oriente-se, grupo de pesquisa teatral formado exclusivamente por atores de São Paulo com origem asiática. Vale a pena conferir!

O ENTREVISTADO E PROFUNDO CONHECEDOR DE LITERATURA DE CORDEL E FOLCLORE,E AUTOR DE MAIS DE 300 MUSICAS ENTRE BAIOES,GUARANIAS,TOADAS,PRELUDIOS E SAMBAS.ENTRE AS MUSICAS DE MAIS SUCESSO ESTAO:"OS OLHINHOS DO MENINO,PAZ DO MEU AMOR,PRELUDIO PRA NINAR GENTE GRANDE(MAIS CONHECIDA COMO MENINO ARINHO)

Convidados: Renato Janine e Jorge Caldeira: • Renato Janine Ribeiro: Você é professor de ética e frequentemente – como a gente viu na apresentação – escreve sobre o lado teatral da representação na política. A moral (ou a falta dela) e a aparência substituíram a ideia de uma transformação mais profunda das relações sociais? • Jorge Caldeira: O retorno às personagens históricas – como vc faz com Mauá e José Bonifácio – e o boom das biografias indica a volta de uma forma personalista de ver história? Ou é uma forma de recuperar histórias não contadas pela historiografia mais voltada para os grandes processos? • Renato Janine Ribeiro: Cornelius Castoriadis, em As Encruzilhadas do Labirinto, fala que a preocupação contemporânea com a ética (com questões como pena de morte, bioética etc.) corresponde à rejeição da “grande política” e a um “fechamento na esfera privada que caracteriza a época e a ideologia individualista”. Você poderia comentar essa crítica? • Renato Janine Ribeiro: Trazendo a conversa para a literatura, você escreveu bastante sobre Stendhal – escritor que contrapõe a energia individual (como o mito de Napoleão) ao materialismo e à hipocrisia burguesa. Hoje a gente não assiste a um retorno dessa forma de ver e fazer política como afirmação da vontade? É isso que faz Lula sobreviver ao PT? • Renato Janine Ribeiro: Como a literatura é fonte para o filósofo e para o historiador? • Jorge Caldeira: Voltando à pergunta do Jurandir, ao escolher uma personalidade secundária como o padre Guilherme Pompeu de Almeida – protagonista de O Banqueiro do Sertão – você pensou nele mais como personagem ou como representante de um processo? • Renato Janine Ribeiro: Existe uma ética na forma de escrever a história, de escolher os temas, os enfoques? (Lembrar da Meta-história de Hayden White.) Quando você escreve sobre a etiqueta, por exemplo, isso tem uma implicação ética? • Renato Janine Ribeiro: A palavra “intelectual” provoca hoje antipatia, quase aversão. Qual o lugar do intelectual na sociedade? • Jorge Caldeira: Você fez um percurso inverso ao do Renato: saiu do jornalismo para os estudos de maior fôlego. O jornalismo perdeu poder de intervenção pública? • Renato Janine Ribeiro: A diferença entre o acadêmico e o intelectual ficou explícita quando vc escreveu na Folha sobre o caso do menino João Helio, em que expôs os imes éticos em relação à pena de morte. Você poderia comentar o episódio? • Renato Janine Ribeiro: Fala-se hoje de uma nova direita, de um pensamento supostamente menos dogmático (ideológico) e mais pragmático, racionalista. As diferenças entre esquerda e direita se deslocaram para a discussão entre idealismo e realismo? • Jorge Caldeira: Você escreveu sobre personagens históricos que são “empreendedores”, como Mauá e o padre Guilherme Pompeu de Almeida. Isso não vai na direção de um pensamento mais voltado para a ação prática do que para formação de um projeto político? E no caso do José Bonifácio? (Pedir para explicar o portal) • Renato Janine Ribeiro: Na contramão dessa valorização do privado, você tem refletido muito sobre a função da universidade e da pesquisa na vida pública. Como essa discussão se enquadra no governo neoliberal de um presidente de esquerda?