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Foto: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados
Foto: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) interrogou, na última segunda-feira (9), o tenente-coronel Mauro Cid na condição de réu em uma ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado contra o resultado da eleição presidencial de 2022, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cid é delator no processo e, por esse motivo, foi o primeiro a ser interrogado. Ele estava acompanhado de seu advogado, Cezar Roberto Bitencourt.

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Ao longo de quase quatro horas de depoimento, Cid repetiu inúmeras vezes as expressões como “não me lembro” e “não me recordo”. No entanto, uma nova informação, com potencial para causar turbulência no julgamento, surgiu ao final da audiência.

Segundo informações exclusivas publicadas pela Veja, o tenente-coronel teria mentido durante o depoimento. Ao ser questionado por Celso Vilardi, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, sobre o uso de um perfil no Instagram que não estava em seu nome, para conversar sobre assuntos relacionados à delação.

Cid afirmou que não havia utilizado redes sociais. No entanto, diante da insistência do advogado, acabou gaguejando e questionando se o perfil em questão poderia ser o de sua esposa, Gabriela Cid.

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Ao firmar o acordo de delação premiada com a Justiça, ele assumiu o compromisso de dizer a verdade, manter sigilo sobre o conteúdo das revelações, não manter contato com outros investigados e não utilizar redes sociais, entre outras condições, para ter direito aos benefícios do acordo.

Para Celso Vilardi, Cid desrespeitou ao menos duas determinações impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF. As provas de que isso de fato ocorreu estariam anexadas a um conjunto de mensagens trocadas entre o tenente-coronel e uma pessoa próxima a Jair Bolsonaro.

De acordo com a Veja, que afirma ter tido o às mensagens, as conversas ocorreram entre 29 de janeiro e 8 de março de 2024, período em que o acordo de colaboração premiada já havia sido homologado por Moraes havia cerca de cinco meses.

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Nesse intervalo, Mauro Cid já utilizava tornozeleira eletrônica, era obrigado a se apresentar semanalmente a um juiz e estava proibido de se comunicar com outros investigados ou comentar sobre o conteúdo da delação.

Caso as conversas sejam confirmadas, elas podem, em tese, levar à anulação do acordo de colaboração e à revisão dos benefícios concedidos ao tenente-coronel. Se a delação for cancelada, ele voltará a responder pelos mesmos crimes atribuídos aos demais réus.

Se condenado, poderá pegar até 40 anos de prisão. Em troca das revelações feitas, Cid havia solicitado o perdão judicial ou, no máximo, uma pena de até dois anos.