O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na quinta-feira (5), uma solicitação feita pela defesa do general Walter Souza Braga Netto para suspender os interrogatórios de réus por tentativa de golpe de Estado até que fossem tomados os depoimentos de outros militares envolvidos no caso.
A defesa do ex-ministro da Defesa pediu a suspensão alegando que não teve tempo hábil para analisar as mídias, áudios e vídeos apreendidos durante as investigações promovidas pela Polícia Federal (PF).
Moraes, no entanto, defende que os documentos apreendidos não fazem parte da denúncia e que se as testemunhas fossem importantes, Braga Netto poderia tê-las incluído em seu próprio processo.
“Não há justificativa legal, nem tampouco razoabilidade, em se suspender a realização dos interrogatórios da presente ação penal para aguardar a oitiva de testemunhas arroladas em outras ações penais e que, jamais foram consideradas necessárias, pertinentes e importantes pela defesa de Braga Netto, que repita-se, poderia tê-las arrolado, uma vez que, das 40 testemunhas possíveis, somente arrolou cinco testemunhas”, expõe.
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O interrogatório de Braga Netto e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está marcado para começar na próxima segunda-feira (9).
Os réus do chamado “núcleo 1″ de investigados são:
Jair Messias Bolsonaro - ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Investigação) e atual deputado federal;
Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
Augusto Heleno – general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022.
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