O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (19) que a taxa básica de juros deve se manter alta por um longo período. A selic está hoje em 14,75% e é a quarta maior do mundo.
"Com a inflação e com as expectativas desancoradas, a gente realmente precisa permanecer com a taxa de juros num patamar bastante restritivo por um período bastante prolongado”, declarou Galípolo em evento em SP.
A afirmação do presidente do Banco Central contribuiu para alta recorde na bolsa e a queda na cotação do dólar. O Ibovespa atingiu máxima histórica, fechando em 139.636 pontos, alta de 0,32%. O dólar fechou o dia cotado para venda em R$ 5,65, queda de 0,25%.
Leia também: Queda de elevador de carga deixa três operários mortos em obra de condomínio em SP
A declaração reforça o argumento da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que foi divulgada na semana ada. O órgão reitera que para a próxima reunião o cenário de elevada incerteza demanda cautela adicional na atuação da política monetária.
Galípolo também destacou que a economia brasileira manteve certo dinamismo no início do ano, mesmo com os juros ainda elevados. A prévia do PIB do primeiro trimestre, divulgada hoje pelo BC, mostrou que o Produto Interno Bruto cresceu 1,3% em relação ao período de outubro a dezembro de 2024. Se comparado com o primeiro trimestre do ano ado, o crescimento foi de 3,7%. Alta impulsionada principalmente pela safra recorde da soja e a produção industrial.
Leia também: Brasil tem dois focos confirmados e seis casos suspeitos de gripe aviária
REDES SOCIAIS 213w24