A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (14) no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Os mandados judiciais foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, sendo cumpridos na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo.
O objetivo desta fase é o de apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas, suspeito de ter adquirido veículos de alto valor com recursos oriundos da fraude aos aposentados.
A primeira fase da ação levou à demissão do então presidente do INSS Alessandro Stefanutto, e ao afastamento do cargo de outros cinco servidores públicos.
Depois, o Governo Federal também trocou a chefia do Ministério da Previdência – saiu Carlos Lupi e entrou Wolney Queiroz.
O esquema de fraudes foi revelado pela operação "Sem Desconto", deflagrada no dia 23 de abril pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo as apurações, entre 2019 e 2024, foram desviados até R$ 6,3 bilhões por meio de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. Cerca de 4,1 milhões de beneficiários podem ter sido lesados.
As investigações apontam que aposentados e pensionistas foram filiados sem consentimento a associações e sindicatos, que aram a receber mensalidades automaticamente descontadas dos benefícios. O esquema teria contado com o vazamento de dados pessoais dos segurados e a atuação de corretores para operacionalizar os registros indevidos.
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