O Ministério das Relações Exteriores informou na quarta-feira (7) que soube da operação realizada pelo governo dos Estados Unidos para retirar refugiados venezuelanos da embaixada da Argentina em Caracas somente após a saída deles.

Cinco opositores do regime de Nicolás Maduro estavam abrigados na embaixada desde março, aguardando uma solução diplomática que lhes garantisse salvo-conduto para poderem sair da Venezuela.

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“O governo brasileiro tomou conhecimento, na noite de ontem, da saída dos venezuelanos que se encontravam asilados na residência da embaixada da Argentina em Caracas desde março do ano ado”, afirmou o Itamaraty.

A embaixada argentina sediada no país está sob custódia do Brasil desde que o governo do presidente argentino, Javier Milei, não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro nas eleições do ano ado. Com isso, a Venezuela acabou expulsando os diplomatas argentinos de Caracas.

De acordo com informações do portal O Globo, a confirmação de que os refugiados haviam saído da Venezuela e que se encontravam nos Estados Unidos veio por meio de uma postagem do secretário de Estado americano, Marco Rubio, na rede social X.

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“Os EUA saúdam o resgate bem-sucedido de todos os reféns do regime de Maduro na embaixada da Argentina em Caracas. Depois de uma operação precisa, todos os reféns agora estão em solo norte-americano”, escreveu o secretário.

Além dele, Javier Milei também comemorou a operação, que chamou de “extração” — indicando que foi feita à revelia do regime de Maduro.

A ação surpreendeu o governo brasileiro, que desde o ano ado tentava negociar a concessão dos salvo-condutos necessários e se preocupava com questões relacionadas à integridade física dos asilados venezuelanos. O governo não tinha conhecimento da operação e ainda apura detalhes.