A jornalista Míriam Leitão foi eleita imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta quarta-feira (30), para a cadeira número sete. Ela ocupa a vaga do cineasta Cacá Diegues, que morreu em fevereiro deste ano.
Míriam Leitão é a 12ª mulher eleita pela Academia – a primeira foi a autora Rachel de Queiroz, em 1977. A jornalista foi escolhida por 20 de 34 votos possíveis; o segundo colocado, economista e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, recebeu 14 votos.
Os outros candidatos da vaga eram:
- - Cristovam Buarque;
- - Tom Farias;
- - Ruy da Penha Lôbo;
- - Antônio Hélio da Silva;
- - Rodrigo Cabrera Gonzales;
- - Daniel Henrique Pereira;
- - Angelos D’Arachosia;
- - José Gildo Pereira Borges;
- - Tamara Ribeiro de Oliveira;
- - Martinho Ramalho de Melo;
- - Chislene de Carvalho;
- - Edir Meirelles;
- - Claudenilson Fernandes de Jesus;
- - Ivan Luís Vieira Piffer e Marcia Camargos.
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Com 53 anos de carreira como jornalista, Míriam tem 16 livros publicados de diversos gêneros literários: não ficção, crônica, romance e livros infantis. Em seu primeiro romance, "Tempos Extremos", escreveu sobre a Ditadura Militar. Acusada de se opôr ao regime, ela foi presa e torturada enquanto grávida, aos 19 anos.
O presidente da ABL, Merval Pereira, disse que a jornalista e escritora é totalmente qualificada para a cadeira e tem um espectro amplo de coberturas, desde a causa indígena até dos negros, e muitas outras.
"Estamos precisando aumentar nossa representação feminina e Miriam vem em boa hora. Estamos ampliando nossa atuação em vários campos e Miriam vai ser muito útil. Esta eleição foi excelente, porque tivemos dois candidatos muito bons, especialmente Cristovam Buarque, que teve uma excelente votação também. Foi muito bom para a Academia."
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