No Provoca desta terça-feira (27), Marcelo Tas conversa com o músico Roberto de Carvalho.

Durante a entrevista, o multi-instrumentista e compositor — parceiro de Rita Lee na música e na vida por quase 50 anos — conta sua versão do primeiro encontro com a Rainha do Rock, fala sobre o novo documentário dedicado à vida da artista e comenta sua formação musical.

“Ela me achou antipático, (…) mais especificamente, blasé” — é assim que Roberto de Carvalho descreve o que ouviu sobre a primeira impressão de Lee a seu respeito. O encontro aconteceu em um show da banda de Ney Matogrosso, em 1976, da qual ele fazia parte. Os dois ainda se esbarraram no Festival de Saquarema, no mesmo ano, antes de o próprio Ney atuar como cupido do casal.

Leia também: Estrelado por Robert Pattinson, “Mickey 17” estreia na HBO Max

Eles se reencontraram em um jantar na casa de Rita, para o qual Ney havia sido convidado. A cantora pediu que ele “levasse um músico” — e Ney entendeu a deixa. Roberto conta:

“Eu me sentei, ela sentou do meu lado, e eu estava com uma meia de lurex, que é um material brilhante. A meia apareceu, e ela disse: ‘Nossa, que meia legal!’. Aí eu falei: ‘Gostou? Então é sua!’. Tirei a meia, dei para ela e falei: ‘Pode usar, que eu não tenho chulé’. (…) Dali iniciou-se uma dialética interminável, que durou 48 anos. Uma dialética em todos os níveis: conversacional, troca de ideias, música, amor, sexo, filhos… Enfim, tudo era muito intenso. Mas começou ali”, conta.

Sobre o documentário "Rita Lee: Mania de Você", recém-lançado na plataforma de streaming Max, o convidado comenta como se emocionou ao assistir à produção pela primeira vez — e que caiu no choro.

Leia mais: Virada Cultural 2025 começa neste sábado (24) em SP; veja programação, transporte e mais

Além da parceria com Rita, ele também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. A relação com a música começou logo cedo, aos três anos de idade, muito por influência da mãe e da avó, que tocavam piano. Tas lembra que o músico tem o chamado “ouvido absoluto”, que ele próprio explica: “Você tem um computador interior que te dá a nota”.